Luciana tornou-se empreendedora no ramo de cosméticos ganhando destaque em vendas e na sensibilização de mulheres que tinha e tem vergonha de assumir seu cabelo crespo.´´ Eu tenho uma amiga que raspa a cabeça e fica linda, a gente tem que começar a respeitar a vontade do outro, se a pessoa quer ser assim, se ela gosta, é um direito dela cabe a nós apenas respeitar.``
"Nós precisamos ser vistos de alguma maneira, porque as pessoas sempre esperam menos de nós, eu lembro que pra meu pai tudo que fazíamos, ele dizia que era coisa de puta, se jogasse bola, se dançasse quadrilha junina... então era assim meus amigos negros eram todos vagabundos, e eu lembrava a ele: __ Painho o senhor se esquece que também é negro (risos). Então assim, ele foi ensinado desta maneira. É toda uma construção que a gente precisa não deixar que nossos filhos aprendam, temos a obrigação hoje de dialogar sobre, de ensinar os nossos filhos a não serem machistas, a não serem preconceituosos, a respeitar a vontade do outro." Contou na live.
´´ Eu
venho de uma cultura em que meu pai é negro, porém ele foi criado aprendendo
que os negros eram inferiores e ele reproduzia isso. Então quando eu comecei a
usar meu cabelo natural muitas pessoas não aceitavam; algumas falavam que tinha ficado muito
legal, lindo, algumas crianças falavam- oh tia, quero que meu cabelo fique
igual ao seu, então eu era uma referência. E não tive uma referência quando eu
era criança, na comunidade que eu morava a mulher que se atrevia a usar o
cabelo dela crespo era tida como doida, como desarrumada, maluca... eram
taxadas com apelidos." Desabafou, Luciana.
Luciana Barros relatou situações em que sentiu na pele o preconceito tanto pelo cabelo como por ser mãe de uma menina surda, ela ainda orientou os telespectadores da live sobre a aceitação de si próprio e do outro.
Live ead, com Luciana Barros. |
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