O blog Adailton de Cerqueira inicia, hoje, uma série de
matérias focadas nas Eleições Municipais (de Biritinga) - que acontecerão em todo o País em 2024 -, com um olhar especial para a nossa realidade. Desse
modo, estaremos a apontar problemas e possíveis soluções.
Espero contar, pois, com vocês, leitores e eleitores! Falaremos mais
sobre política e sobre como pensarmos em uma Biritinga inclusiva, em que, de
fato, se pense no desenvolvimento não apenas da cidade, mas de todo o nosso
município.
O polêmico cenário
político em Biritinga apresenta-se a nós como nunca pensamos que o veríamos:
praticamente menos de um ano antes do período eleitoral, já temos movimentações
políticas e grupos que se destacam. Quem diria que a questão a ser debatida em
grupos de redes sociais, a exemplo do Whatsapp, Instagram e Facebook, seria uma
as mazelas, e, por consequência, abandono de nossa cidade?
Historicamente,
nossa Biritinga nunca foi uma cidade inteiramente democrática. O desemprego, a
fome, o voto de cabresto sempre impediram a efetivação de direitos
e oportunidades para todos. Tanto por um lado, quanto por outro, desequilibram-se
as disputas sociopolíticas, à medida que a grande maioria do povo era e ainda é,
sistematicamente, esmagada por um sistema de aprisionamento.
E alguns traços
dessa “velha política” estão presentes no cotidiano das famílias, das igrejas,
das relações de trabalho; nas escolas e em todos os espaços da vida. E, com
efeito, define-se uma cidadania marcada por privilégios de uns tão poucos, paralelamente
a uma subcidadania à maioria da população. Corrobore-se que essa mesma
subcidadania é caracterizada pela não efetivação dos direitos humanos.
E embasemo-nos com o que afirma SOUZA (2003)
“A subcidadania
está ligada não apenas à marginalização histórica de vários grupos sociais, mas
também à reprodução e manutenção dessa grande parte de indivíduos à margem de
uma ordem produtiva objetiva, moderna, que exige personalidade e comportamento
específicos.”
Biritinga precisa
de verdadeiros representantes na Câmara Municipal de Vereadores, de modo que
esses edis criem e defendam movimentos significativos, e se façam, ao mesmo
tempo, lutas políticas emancipatórias, cujos programas foquem na continuidade
do processo de construção de uma sociedade mais democrática, justa, inclusiva e
igualitária. E se faça, portanto, a verdadeira rede da dignidade da pessoa
humana.
Estamos em contagem
regressiva para as eleições municipais de 2024. Proponho que você, eleitora/eleitor,
assim como eu, juntos, repensemos nossas teorias. Façamos, pois, uma reflexão
profunda acerca de todos os votos que já confiamos, e em quem confiamos... E
então, comecemos a estudar cada situação, a fim de podermos tomar a decisão
correta.
Referência:
SOUZA, Jessé. A
construção social da subcidadania: para uma sociologia política da modernidade
periférica. Editora UFMG, 2003.
Revisão, segundo a NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira): Prof. Dr. Antonio Anilson Rodrigues da Silva