quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

SALVADOR É VISTA COMO UMA DAS CIDADES MAIS VIOLENTAS.




Conhecida pela magia do sincretismo religioso e pela alegria transmitida pela identidade cultural africana, Salvador tem se tornado uma cidade violenta. A desigualdade social, acompanhada pelo aumento do tráfico de drogas influenciou para o crescimento da violência nos últimos anos. 
Especialistas apontam o desemprego galopante, a falta de perspectiva dos jovens com relação ao trabalho e à vida, a incompetência dos órgãos de segurança, as drogas, o descrédito com a política oficial, a cultura do consumo e a crise de valores, como alguns dos propulsores da violência na terceira maior capital do país. 

Dados demonstram que a violência está muito presente entre os mais jovens. Pesquisas do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) indicam que quase metade dos adolescentes das grandes cidades brasileiras morre por homicídio. O estudo revela que o número de jovens assassinados entre 2006 e 2012 vai superar 33 mil.

Segundo o sociólogo e professor Gustavo Almeida, a violência não tem uma única causa em Salvador. Ele credita o problema também ao modelo de educação vigente que se restringe no conhecimento técnico. ?O modelo ensinado apenas escolariza não educa. As escolas se limitam a transmitir os conteúdos livrescos e não há mais um processo de discussão?, enfatiza. Ele lembra que em sua época de escola, os estudantes tinham aulas até de boas maneiras, fato que não acontece atualmente. 
O aumento populacional, o império do capitalismo e falta de assistência e emprego também contribuem para os conflitos. ?Há uma crise de espaço urbano. É muita gente para pouco espaço físico e a sociedade está marcada pela má distribuição de renda?, analisa o psicólogo Emanuel Pereira.

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