Com tantos abusos de poder do
atual presidente da república Michel Temer, bem como a greve dos caminhoneiros e
demais crises que afetam diretamente os brasileiros, um desejo sem noção foi
exposto, pessoas chegaram a dizer e compartilhar em redes sócias que a soluça
para o Brasil hoje seria a volta de uma intervenção militar. Sem terem noção do
que foi esse período, ou sem recordarem de tal atraso social no período
conhecido como Ditadura Militar, que durou de 1964 a 1985. Neste
intervalo, vários inquéritos e depoimentos apontaram a tortura física e
psicológica como expediente utilizado por membros do governo e grupos militares
com o objetivo de controlar a população. Assim, vou apresentar, nesta
lista, 10 tipos mais conhecidos de
tortura utilizados durante o Regime Militar.
Pau-de-Arara, Choque Elétrico, Pimentinha e Afogamento. |
O Pau-de-Arara consistia
numa barra de ferro que era atravessada entre os punhos amarrados e a dobra do
joelho, sendo o conjunto colocado entre duas mesas, ficando o corpo do
torturado pendurado a cerca de 20 ou 30 centímetros do solo. Este método quase
nunca era utilizado isoladamente, seus complementos normais eram eletrochoques,
a palmatória e o afogamento.
O Choque
Elétrico foi um dos métodos de tortura mais cruéis e
largamente utilizados durante o regime militar. Geralmente, o choque dado
através telefone de campanha do exército que possuía dois fios longos que eram
ligados ao corpo nu, normalmente nas partes sexuais, além dos ouvidos, dentes,
língua e dedos. O acusado recebia descargas sucessivas, a ponto de cair no
chão.
A Pimentinha era
uma máquina que era constituída de uma caixa de madeira que, no seu interior,
tinha um ímã permanente, no campo do qual girava um rotor combinado, de cujos
terminais uma escova recolhia corrente elétrica que era conduzida através de
fios. Essa máquina dava choques em torno de 100 volts no acusado.
Cadeira do Dragão, Geladeira, Palmatória e Produtos Químicos. |
No Afogamento,
os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira, toalha
molhada ou tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir
água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou
tambor cheio de água (ou até fezes), forçando sua nuca para baixo até o limite
do afogamento.
A Cadeira
do Dragão era uma espécie de cadeira elétrica, onde os
presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais
elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia
choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da
vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques.
Na Geladeira,
os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de
pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e
um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto
alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na “geladeira” por
vários dias, sem água ou comida.
Agressões Físicas e Tortura Psicológica. |
A Palmatória era
como uma raquete de madeira, bem pesada. Geralmente, esta instrumento era
utilizado em conjunto com outras formas de tortura, com o objetivo de aumentar
o sofrimento do acusado. Com a palmatória, as vítimas eram agredidas em várias
partes do corpo, principal.
Haviam vários Produtos
Químicos que eram comprovadamente utilizados como método
de tortura. Para fazer o acusado confessar, era aplicado soro de pentatotal,
substância que fazia a pessoa falar, em estado de sonolência. Em alguns casos,
ácido era jogado no rosto da vítima, o que podia causar inchaço ou mesmo
deformação permanentemente em seus órgãos genitais.
Vários tipos de Agressões
Físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um
dos mais cruéis era o popular “telefone”. Com as duas mãos em forma de concha,
o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A
técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar
surdez permanente. De certa forma, falar de Tortura
Psicológica é redundância, considerando que toda o tipo de
tortura deixa marcas emocionais que podem durar a vida inteira. Porém, haviam
formas de tortura que tinha o objetivo específico de provocar o medo, como
ameaças e perseguições que geravam duplo efeito: fazer a vítima calar ou
delatar conhecidos.
E agora depois de saber de tudo isso você ainda quer a
volta de uma intervenção militar no Brasil hoje?
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