terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Últimas notícias do ataque coordenado pelos EUA contra um aeroporto em Bagdá, no Iraque, que matou Qasem Soleimani.


Donald Trump, presidente dos Estados UnidosImagem: Tom Brenner/Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou hoje que "o Irã nunca terá uma arma nuclear". A afirmação foi feita pelo republicano em seu perfil no Twitter. Após o assassinato do general Qassim Suleimani pelos Estados Unidos na sexta-feira (3), o Irã ameaça recuar no compromisso de abandonar seu programa nuclear. A decisão significará o quinto recuo iraniano, informou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Abbas Mousavi, segundo a agência de notícias AFP.
O acordo nuclear foi assinado em 2015 pelo Irã, Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha, as principais potências mundiais. Sob Donald Trump, no entanto, os Estados Unidos abandonaram o acordo unilateralmente em 2018.
Assim que deixou o tratado, Trump impôs uma série de sanções ao Irã, que passou a descumprir pontos do acordo, provocando alerta na comunidade internacional. Em novembro, o Irã retomou o enriquecimento de urânio na usina subterrânea de Fordo. Hoje, Trump voltou a afirmar que, caso o Irã ataque os Estados Unidos para vingar a morte de Suleimani, os EUA não hesitarão em atacar bens culturais do país. Falando a repórteres a bordo do Air Force One, Trump declarou que os Estados Unidos "têm 52 alvos iranianos, alguns em um nível muito alto e importantes para o Irã e a cultura iraniana".
O chefe militar iraniano Qasem Soleimani, morto em um atentado dos
 EUA no aeroporto de Bagdá, no Iraque, em foto de outubro de 2019
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O ataque coordenado pelos EUA contra um aeroporto em Bagdá, no Iraque, matou Qasem Soleimani, o chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds do Irã, considerado um dos homens mais importantes do país. Além dele, ao menos outras sete pessoas morreram.
O Pentágono confirmou que o ataque aconteceu "sob ordens do presidente" Donald Trump. "Os militares dos EUA tomaram medidas defensivas decisivas para proteger o pessoal dos EUA no exterior, matando Qasem Soleimani", afirmou em nota.

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