terça-feira, 31 de março de 2020

Residente de Biritinga-Bahia se queixa de desemprego e fome.



Biritinga-BA.
A definição de pobreza remete a privação do bem-estar, que pode ser entendida como a limitação da capacidade que os indivíduos possuem de participar na sociedade, o que envolve fatores diversos como, por exemplo, se sentir seguro, ter acesso a oportunidades, ter uma alimentação adequada e ter bons relacionamentos sociais.
A Bahia é o estado do país que mais tem inscritos no programa federal Bolsa Família. Para o Banco Mundial, estar abaixo da linha de pobreza significa ter renda média de até US$ 5,50 por dia. Já o Bolsa Família, onde estão inscritas famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, tem como limite de renda mensal R$ 89 por pessoa (extrema pobreza) ou entre R$ 89,1 a R$ 178 mensais (pobreza), com crianças ou adolescentes até 17 anos.
Imagem inlustrativa.
É o caso, por exemplo, de uma residente de Biritinga-Bahia, município localizado no território de identidade do sisal, ela morava numa casa de aluguel.
A residência, alugada por um valor de R$ 250,00 e como trabalhadora autônoma dava pra ela sustentar os três filhos. Mas com a crise da pandemia do Covid-19 e a perda do benefício do Bolsa Família fez com que a mesma saísse do aluguel e fosse morar em uma comunidade rural, na casa de parentes.

“Com a perda do meu bolsa família e a falta de trabalho não tive como sustentar o aluguel na rua, então tive que pedir abrigo aos parentes distantes. Meus dois filhos fora da escola é mais duas bocas pra dar comida, porque com a merenda escolar já ajudava muito; Tenho pouca coisa em casa. A renda que ganhava não dava para fazer feira, comprava de pouco em pouco no mercado, às vezes fiado”, ela confessou ao Blog.
Há meses busca ser reinscrita no Bolsa Família, de onde já foi excluída por mais de uma vez, segundo ela relata, sem saber explicar por que isso ocorre.
“No máximo, o que conseguia tirar era R$ 150 por mês. Eu conseguia alguns bicos que fazia no dia, mas agora que não consigo arranjar nada. Mas tenho outras pessoas que me ajudam, e assim vou vivendo”, disse.
Observação: Nomes não foram divulgados a pedido da entrevistada e algumas informações são da pesquisa   Síntese De Indicadores Sociais Uma Análise Das Condições De Vida Da População Brasileira 2019, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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