O principal objetivo
desta matéria é de esclarecer comentários e polêmicas acerca do Programa Escola
Sustentável da 3ª Promotoria de Justiça de Serrinha, o qual foi implementado em março de 2018,
em 160 escolas e creches das cidades de Biritinga, Serrinha, Barrocas e Teofilândia,
no sertão da Bahia. Esse Programa mexeu com o cardápio escolar e foi visto como descumprimento da legislação do PNAE.
Os municípios de Biritinga, Serrinha, Barrocas e Teofilândia deverão escolher agora seguir a orientação do
Ministério Público de impor comida Vegana nas escolas ou perder o dinheiro da
merenda escolar, já que reconhecida a incompetência do Ministério Público de
Serrinha para firmar TAC neste sentido.
Diante desse cenário preocupante para todos municípios e principalmente para as escolas de Biritinga fomos ao encontro da promotora de Justiça Drª Letícia Campos Baird. Pois a mesma estava no último dia 12 realizando uma palestra sobre o tema na Jornada Pedagógica em Biritinga.
Com
toda essa repercussão a redação do blog faz uma retrospectiva para que você leitor
entenda toda história:
Foto: Antônio Andrade. |
Segundo o
Programa Escola Sustentável o foco é propor o uso racional do dinheiro público
e elevar a capacidade nutricional da alimentação em unidades de ensino nos
municípios. Segundo a promotora de Justiça Letícia Baird, uma das
vantagens do ‘Escola Sustentável’ também é o fortalecimento da agricultura
familiar. Letícia Baird registra ainda que uma alimentação saudável permitirá
às crianças um aprendizado com mais qualidade. “Com esta implantação, será
alterada não só a estrutura do cardápio, mas serão gerados impactos em todo o
entorno da comunidade”. O Programa conta com a cooperação técnica da ‘Humane
Society International’ e de outros profissionais voluntários.
Porém inúmeras polêmicas surgiram após implantação desse
Programa:
Projeto do MP-BA
que retira proteína animal da merenda escolar divide opiniões de especialistas
e alunos reprovaram:
O Programa aos poucos está retirando a
proteína animal da merenda escolar divide a opinião dos especialistas. A
previsão é de que até o final de 2019, 100% do cardápio da merenda escolar
nestas cidades estejam sem proteína animal. Ao todo, cerca de 30 mil alunos são
afetados pela mudança, que retira especialmente a carne, o leite e os ovos da
merenda.
De acordo com a promotora de justiça
Letícia Baird, idealizadora do projeto, o "Escola Sustentável" foi
pensado após um levantamento sobre a qualidade da merenda ter encontrado muitos
casos de desnutrição, obesidade e alergias, além de mau uso do dinheiro público
na compra dos alimentos.
“A proposta de se fazer
isso, utilizando uma dieta baseada em vegetais, vem de todo um cunho científico
que nos dá terreno para a gente ter certeza da segurança da alimentação baseada
em vegetais”.
Foto: Reprodução. |
No Centro Educacional Dom Bosco, na cidade de
Biritinga, uma das mudanças no cardápio foi no tradicional baião de dois, que
leva arroz e feijão. Antes do projeto, o prato vinha acompanhado de charque,
mas agora é servido com farofa de flocos de milho e soja. Até então foi
aprovado por parte dos alunos, mas em outras escolas principalmente das
comunidades rurais a situação foi critica: alunos deixaram de merendar na
escola, e mesmo com fome não se sentiram atraídos pelo novo cardápio.
O FNDE
solicitou parecer (consulta/orientação) à Advocacia Geral da União – AGU, que
analisando os aspectos jurídicos, considerando o que dispõe a Constituição
Federal e a Lei n. 11.947/2009, precedentes do STJ e STF, informou que o
Ministério Público de Serrinha não teria competência para proibir a utilização
de alimentos no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Aguardaremos o retorno da Excelentíssima promotora
de justiça Drª Letícia Campos Baird, para manter nossos leitores, inscritos e
seguidores atualizados da situação.
Foto: Antônio Andrade. |
Redação AdC
Fonte: www.mpba.mp.br
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